A Porsche divulgou resultados para o terceiro trimestre de 2025 que mostram uma contração de 4,8% nas vendas na América do Norte, um dos seus maiores mercados. A empresa atribui esta quebra, em parte, às "tarifas de Donald Trump que começam a pesar", não só nas vendas, mas também nos custos associados, que já acumulam "centenas de milhões de euros".

No acumulado do ano, a queda global nas entregas da Porsche fixou-se nos 6%.

Da mesma forma, o Grupo Volkswagen, que inclui a Porsche, viu as suas vendas nos Estados Unidos sofrerem decréscimos, sendo as tarifas apontadas como um "fator de complexidade". Embora as vendas globais do grupo tenham registado um ligeiro aumento nos primeiros nove meses do ano, impulsionado por um forte crescimento na Europa e América do Sul, a quebra nos EUA e na China, onde a concorrência é intensa, evidencia as dificuldades que os fabricantes europeus enfrentam.

A situação ilustra como as barreiras comerciais estão a impactar diretamente a competitividade das marcas europeias no mercado norte-americano, forçando-as a lidar com custos acrescidos e uma procura mais retraída, num momento em que já enfrentam uma transição complexa para a eletrificação.