viu as suas ações recuarem cerca de 7% na negociação pré-abertura, apesar de ter revisto em alta as suas previsões anuais de vendas e lucros.

O alerta da empresa sobre o impacto negativo dos custos com tarifas aduaneiras ofuscou as boas notícias, gerando preocupação entre os investidores.

A icónica fabricante de roupa de ganga demonstrou confiança na sua performance, elevando as projeções financeiras com base numa "forte procura por calças de ganga de perna larga na Europa e nas Américas".

No entanto, esta perspetiva otimista foi contrabalançada pela advertência explícita sobre os desafios impostos pelas barreiras comerciais.

Os investidores focaram-se no potencial impacto negativo que os "direitos aduaneiros" poderiam ter nas margens de lucro da empresa. A reação do mercado evidencia a sensibilidade dos investidores a qualquer sinal de que as tensões comerciais possam corroer a rentabilidade das empresas, mesmo daquelas que apresentam um desempenho de vendas robusto. O caso da Levi Strauss ilustra um dilema enfrentado por muitas multinacionais: a necessidade de equilibrar o crescimento das receitas com a gestão de custos crescentes e imprevisíveis decorrentes de políticas comerciais protecionistas.

A queda das ações, apesar das boas previsões, sinaliza que o mercado está a atribuir um peso significativo ao risco tarifário, considerando-o uma ameaça real à sustentabilidade dos resultados financeiros a longo prazo.