Apesar das barreiras comerciais, as exportações para o mercado norte-americano registaram uma queda marginal, e algumas empresas continuam a ver os EUA como um motor de expansão. De acordo com a Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP), as exportações do setor registaram uma queda inferior a 1%, um comportamento considerado muito positivo face à concorrência. Ricardo Silva, presidente da ATP, afirmou que este desempenho demonstra não só que a produção nacional está a "manter mercados", mas também a revelar "um comportamento muito acima do que está a acontecer com a concorrência".
Um exemplo concreto desta resiliência é a Texser, uma empresa têxtil de Guimarães, que vê os Estados Unidos como um mercado estratégico, representando já 30% das suas vendas.
Paulo Loureiro, diretor comercial da empresa, revelou a intenção de alargar esta quota nos próximos anos, apesar das "tarifas de 15% impostas pela era Trump".
Segundo Loureiro, as taxas não impactam tanto os seus produtos, embora gerem incerteza para clientes que dependem da confeção por terceiros.
A capacidade do setor de manter a sua competitividade, mesmo num ambiente tarifário adverso, sugere que a aposta na qualidade, inovação e em nichos de mercado de maior valor acrescentado está a permitir que as empresas portuguesas naveguem as águas turbulentas do comércio internacional com sucesso.













