Estes materiais, que incluem elementos como neodímio e disprósio, são críticos para a produção de motores elétricos, semicondutores e sistemas de defesa, e a sua escassez pode comprometer a transição energética e a competitividade da Europa. O alerta foi dado por Roberto Vavassori, presidente da associação italiana de fabricantes de componentes automóveis (ANFIA), que afirmou que as reservas europeias destes materiais estão praticamente esgotadas.

"Esse colchão já não existe", referiu, sublinhando o risco iminente para as cadeias de abastecimento.

A China processa a grande maioria das terras raras a nível mundial, o que lhe confere um poder desproporcional sobre indústrias estratégicas.

A decisão de Pequim é vista como uma retaliação no contexto das tensões comerciais com os EUA e a Europa, e surge numa altura em que a UE tenta reduzir a sua dependência através do Regulamento das Matérias-Primas Críticas.

No entanto, a implementação desta legislação tem sido lenta.

O governo dos Países Baixos invocou esta ameaça ao assumir o controlo da fabricante de semicondutores Nexperia, de capital chinês, alegando a necessidade de salvaguardar "conhecimento tecnológico e capacidades cruciais". A medida evidencia a crescente politização das cadeias de abastecimento tecnológico.