Esta deterioração abrupta ameaça pilares económicos da União Europeia e expõe a vulnerabilidade da indústria europeia à política comercial de Washington.
A taxa, que entrou em vigor a 1 de setembro de 2025, abrange setores estratégicos como automóveis, produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira.
Segundo dados do Eurostat, o impacto foi imediato e severo.
As exportações europeias para os EUA registaram uma contração homóloga de 22,2% em agosto, caindo para menos de 33 mil milhões de euros, a maior quebra anual desde o início da pandemia. O excedente comercial da UE com os EUA sofreu uma compressão de 57,7% em termos homólogos, fixando-se em menos de 6,5 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde janeiro de 2023. Esta correção acentuada não era vista desde a crise financeira global de 2009.
Num contexto mais amplo, um relatório da DHL revela que as tarifas comerciais dos EUA atingiram o nível mais alto desde a década de 1930. No entanto, o mesmo relatório sublinha que o comércio global demonstrou uma "resiliência notável", crescendo na primeira metade de 2025 a um ritmo superior ao de qualquer semestre desde 2010. Esta resiliência é atribuída ao facto de os EUA representarem apenas uma fração do comércio mundial e de a maioria dos países não ter seguido a sua política protecionista, com a China, por exemplo, a compensar a queda nas exportações para os EUA com um aumento do comércio com a ASEAN, África e a própria UE.












