A retórica imprevisível da administração Trump, que oscila entre a confrontação e a conciliação, mantém os investidores em alerta máximo.
As ameaças de Donald Trump de impor "tarifas adicionais de 100%" sobre produtos chineses provocaram reações adversas imediatas nas bolsas, com os principais índices a registarem quedas acentuadas. Em resposta, Pequim impôs controlos à exportação de terras raras, materiais essenciais para a indústria automóvel e tecnológica europeia, o que aumentou a preocupação sobre a disrupção das cadeias de abastecimento globais.
No entanto, os mercados também reagiram positivamente a sinais de desanuviamento, como quando Trump adotou um tom mais conciliador, afirmando que as suas ameaças "não eram viáveis" ou que pretendia "ajudar a China, não prejudicá-la". Esta oscilação constante é vista por alguns analistas como uma tática de negociação do presidente americano, que utiliza as tarifas "como meio de negociar os acordos".
A instabilidade resultante afeta diretamente o sentimento dos investidores, que procuram refúgio em ativos seguros como o ouro, cujo preço atingiu novos recordes.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo é atualmente o tema mais relevante para os mercados, com o potencial de, por si só, "derrubar o atual bull market" e provocar uma correção expressiva nas cotações.













