A situação levou a uma reavaliação estratégica da empresa, que nomeou Michael Leiters, ex-CEO da McLaren, para tentar reverter a trajetória descendente.
Os resultados comerciais da Porsche revelam um cenário preocupante.
As vendas continuam a cair globalmente, com especial incidência na China, mas também no mercado norte-americano, onde as tarifas estão a ter um “impacto negativo na rentabilidade”.
Segundo os artigos, estas tarifas “já custam centenas de milhões” à marca de Estugarda, contribuindo para a erosão das suas margens financeiras.
A crise é de tal ordem que forçou a empresa a afastar Oliver Blume do cargo de CEO da Porsche (embora se mantenha como CEO do Grupo Volkswagen), que era criticado por acumular as duas funções e limitar a sua dedicação à marca num momento desafiador.
A escolha de Michael Leiters para a sucessão reflete a urgência em encontrar uma liderança com experiência para devolver a Porsche à “rentabilidade perdida”.
A situação da empresa contrasta fortemente com os anos anteriores de recordes de vendas e lucros. O novo plano estratégico apresentado pela Porsche já aponta para uma mudança de rumo, com a eletrificação a perder protagonismo e o motor de combustão a ser revalorizado, o que implicará novos custos de desenvolvimento não previstos e aumenta a pressão sobre a nova gestão para navegar em “águas turbulentas”.












