A decisão surge num contexto de receio de que os fabricantes europeus possam perder uma quota de mercado significativa para as marcas chinesas, que estão a expandir-se rapidamente no continente. Segundo a consultora AlixPartners, os fabricantes de automóveis europeus arriscam “perder entre um a dois milhões de veículos para marcas chinesas” nos próximos anos. A previsão aponta para que estas marcas atinjam uma quota de mercado de 5% na Europa já este ano, podendo chegar a 10% até 2030. Este avanço chinês, caso se concretize, poderia levar ao fecho de até oito fábricas na Europa, que já operam abaixo da sua capacidade total.
Perante este cenário, a União Europeia anunciou um esforço para apoiar a sua indústria automóvel, que é descrita como uma “peça vital na economia comunitária”.
A imposição de tarifas pesadas sobre os veículos elétricos chineses faz parte desta estratégia de defesa.
O objetivo é não só travar a concorrência considerada desleal, mas também incentivar o fabrico de automóveis elétricos “pequenos e acessíveis” dentro da própria Europa.
Esta política protecionista reflete a crescente preocupação de Bruxelas com a dependência de cadeias de abastecimento externas e a necessidade de garantir a competitividade de um dos seus setores industriais mais importantes.












