A administração norte-americana implementou uma nova política de tarifas destinada a proteger e incentivar a produção doméstica de veículos, combinando taxas de importação com um sistema de reembolsos. A medida inclui uma tarifa de 25% sobre camiões de média e pesada dimensão importados, ao mesmo tempo que oferece um alívio fiscal para os fabricantes que montam veículos no país. Esta estratégia reflete os esforços do governo para "usar tarifas para promover a produção americana", ao mesmo tempo que tenta mitigar os custos mais elevados que os impostos de importação criaram para peças e matérias-primas.
Um elemento central desta política é um "reembolso especial", que foi estendido e ajustado após conversas com a indústria.
A medida prevê um reembolso de 3,75% sobre o preço de venda de um veículo montado nos EUA, calculado aplicando-se a taxa de importação de 25% sobre peças que representam 15% do preço de venda. Este benefício será também alargado aos fabricantes de camiões e motores.
Como resposta direta a este novo enquadramento, a Stellantis anunciou um investimento histórico de 13 mil milhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos quatro anos, o maior da sua história no país.
O investimento visa aumentar a produção anual em 50%, lançar cinco novos modelos e criar mais de 5.000 empregos, ajudando a compensar os custos das tarifas e a aumentar a rentabilidade na América do Norte.
Antonio Filosa, CEO da Stellantis, afirmou que as tarifas se tornaram "apenas mais uma variável de negócio" que a empresa está preparada para gerir.
Em resumoOs EUA estão a utilizar uma política de "pau e cenoura" com o setor automóvel, combinando tarifas de 25% sobre camiões importados com reembolsos para a produção local. Esta estratégia já motivou investimentos significativos, como o da Stellantis, que visa aumentar a sua produção nos EUA para mitigar o impacto das taxas e reforçar a sua competitividade no mercado norte-americano.