Um relatório da DHL, em parceria com a NYU Stern, revela que o comércio internacional cresceu na primeira metade de 2025 a um ritmo superior a qualquer semestre desde 2010, contrariando as previsões de uma contração generalizada. O estudo sugere que, em vez de uma retração, o que está a ocorrer é uma reconfiguração das cadeias de abastecimento.
A China, por exemplo, compensou a queda nas exportações para os EUA com um aumento nas trocas comerciais com a ASEAN, África e a União Europeia.
Este fenómeno de redirecionamento de mercadorias através de países terceiros, como a Índia e o Vietname, tem ajudado a manter os custos contidos para as empresas americanas.
As previsões indicam que o comércio mundial deverá crescer a uma taxa anualizada de 2,5% entre 2025 e 2029, em linha com a média da década anterior. Além disso, o relatório contraria a ideia de uma regionalização crescente, mostrando que a distância média percorrida pelos bens comercializados atingiu um novo recorde em 2025.
O professor Steven A. Altman, da NYU Stern, afirma que "as empresas não estão a retirar-se dos mercados internacionais".
Esta resiliência é um fator de incerteza para setores como a construção, onde a imposição de tarifas gera instabilidade, mas a continuidade do comércio global permite que os investimentos em infraestruturas prossigam, embora com cautela.













