A imposição de tarifas comerciais, especialmente por parte dos Estados Unidos, está a exercer uma pressão significativa sobre a rentabilidade de várias empresas multinacionais. Companhias de setores tão diversos como o retalho de moda, automóvel e alimentar estão a ser forçadas a rever as suas previsões de lucro e a adaptar as suas estratégias para mitigar o impacto dos custos acrescidos. A H&M, por exemplo, alertou que as tarifas americanas continuarão a pressionar as suas margens até novembro, admitindo a possibilidade de novos aumentos de preços.
O seu CEO, Daniel Erver, expressou cautela quanto ao "impacto das tarifas na margem bruta и no comportamento do consumidor americano".
Da mesma forma, a Nike, que depende fortemente de fornecedores asiáticos, aumentou a sua estimativa de impacto tarifário para 1,5 mil milhões de dólares.
No setor automóvel, a Porsche enfrenta um período desafiador, atribuindo em parte os seus maus resultados à instabilidade de mercados e às "tarifas nos Estados Unidos da América".
A indústria farmacêutica também se está a adaptar, com empresas como a Pfizer e a AstraZeneca a implementarem acordos de fabrico e preço ligados a isenções tarifárias. Até a gigante alimentar Nestlé, ao anunciar o despedimento de 16 mil trabalhadores, apontou a subida de custos devido às tarifas aduaneiras como um dos fatores que contribuíram para a necessidade de reestruturação, juntamente com a diminuição da confiança do consumidor.
Em resumoAs tarifas comerciais estão a ter um impacto direto e negativo nos resultados financeiros de grandes multinacionais. Empresas como H&M, Nike, Porsche e Nestlé enfrentam margens de lucro reduzidas e são forçadas a reavaliar as suas estratégias, seja através de aumentos de preços, reestruturação ou procurando acordos para mitigar os custos adicionais.