O metal precioso ultrapassou a barreira dos 4.300 dólares por onça, com alguns picos a aproximarem-se dos 4.400 dólares, refletindo uma forte procura num contexto de incerteza económica.
Analistas de mercado atribuem esta escalada a uma combinação de fatores.
A paralisação do governo dos EUA, juntamente com a "recente intensificação das tensões comerciais entre os EUA e a China", reavivou "receios de uma guerra comercial total", alimentando a valorização do ouro, como explica Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe. Esta procura por segurança é exacerbada pela expectativa de que a Reserva Federal dos EUA adote uma orientação mais expansionista ('dovish'), com potenciais cortes nas taxas de juro, o que pressiona negativamente o dólar e, por correlação inversa, apoia o preço do ouro. O chamado "debasement trade" ganha força, uma aposta de que o aumento do endividamento público e a expansão monetária irão corroer o poder de compra do dólar, levando os investidores a transferir capital para ativos como o ouro. Só este ano, o metal amarelo já valorizou 66%, impulsionado também por compras maciças por parte de vários bancos centrais que procuram diversificar as suas reservas e reduzir a dependência do dólar.














