Em retaliação, o governo chinês proibiu a exportação dos produtos acabados da empresa fabricados na China.

Embora os chips da Nexperia não sejam considerados de topo, são componentes essenciais utilizados em diversas funções nos veículos, desde a iluminação a unidades de controlo eletrónico.

Cerca de 60% da produção da empresa destina-se à indústria automóvel, com clientes como Volkswagen, BMW e fornecedores como a Bosch.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) alertou que, “sem estes chips, os fornecedores automóveis europeus não conseguem produzir as peças necessárias para abastecer os construtores, ameaçando interromper a produção”. Fontes do setor indicam que os stocks atuais durarão “apenas algumas semanas”, com os principais fornecedores a poderem ser afetados num prazo de sete a vinte dias. A Volkswagen informou os seus funcionários de que, embora a produção ainda não tenha sido afetada, “não podem ser descartados impactos na produção no curto prazo”.

A Bosch também confirmou estar a enfrentar “desafios significativos”.

A crise gerou uma resposta diplomática, com o Ministério do Comércio da China a apelar aos Países Baixos para que “resolvam rapidamente o problema”, enquanto o governo neerlandês garantiu estar em contacto com as autoridades chinesas para encontrar uma “solução construtiva”.