A medida, que se insere no quadro de sanções económicas contra Moscovo, afeta diretamente as empresas nacionais, que dependiam do bacalhau russo como principal matéria-prima.
A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) manifestou a sua preocupação junto do Governo, pedindo a invocação de um regime de exceção para a importação deste produto. A organização alerta que as condições de compra de bacalhau russo se tornaram “muito mais desvantajosas” para as empresas portuguesas em comparação com as norueguesas.
Segundo a CPPME, estas últimas adquirem o produto em condições mais favoráveis e colocam-no depois no mercado português a preços “incomportáveis”, criando um cenário de “concorrência desleal”.
A situação agravou-se a partir de 21 de maio, quando a UE excluiu a importação e comercialização de produtos dos maiores armadores russos. A confederação sublinha que “o consumo de bacalhau em Portugal faz parte da identidade nacional e cultural”, defendendo que é “imperioso que se defenda o acesso de todos ao seu consumo”. Em resposta ao apelo, o secretário de Estado das Pescas e do Mar, Salvador Malheiro, comprometeu-se a levar o assunto ao Conselho de Ministros para análise.













