Vários fabricantes, incluindo Ford, Tesla, Volvo e Stellantis, reportaram efeitos nos seus resultados financeiros, ao mesmo tempo que a Casa Branca sinaliza a possibilidade de alívios adicionais para a produção doméstica. A guerra comercial resultou em custos acrescidos para as construtoras, que dependem de cadeias de abastecimento globais. A Tesla, por exemplo, viu os seus lucros trimestrais afetados por “taxas alfandegárias” e custos operacionais, registando uma queda de 37% no resultado líquido apesar de um aumento nas receitas.

Da mesma forma, a Volvo Cars atribuiu parte dos seus prejuízos nos primeiros nove meses do ano às “tarifas dos Estados Unidos”. Carlos Tavares, antigo CEO da Stellantis, também manifestou preocupação com os desafios que o grupo enfrenta, incluindo as “tarifas dos Estados Unidos da América”.

Em contrapartida, a política tarifária também gerou benefícios para a produção em solo americano.

O CEO da Ford, Jim Farley, chegou a agradecer ao presidente Trump pelos “recentes desenvolvimentos da política tarifária, que são favoráveis à Ford como o construtor automóvel mais americano”.

Esta dualidade é reforçada por notícias de que a administração Trump ofereceu “alívio adicional das suas tarifas” aos fabricantes de automóveis dos EUA para expandir a produção doméstica e torná-la mais competitiva. Globalmente, as empresas reportaram custos estimados em mais de 35 mil milhões de dólares devido a estas tarifas, embora algumas, como a Ford, tenham conseguido compensar parte do impacto através de créditos fiscais e outros alívios.