A ameaça de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e restrições à exportação de software marcam uma potencial escalada no conflito, mantendo os mercados em alerta.
As fricções entre as duas maiores economias do mundo já têm consequências visíveis, com a “política tarifária da Casa Branca” a ser apontada como uma das causas para a subida da inflação nos EUA. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou para o perigo do “impacto das tarifas dos EUA e do aumento do protecionismo sobre as exportações da região” asiática.
Numa escalada recente, a administração Trump considerou restringir uma vasta gama de exportações de software para a China como retaliação a possíveis restrições de Pequim na exportação de terras raras. Esta medida cumpriria a ameaça do presidente de impor controlos sobre “todo e qualquer software crítico”.
Além disso, Trump ameaçou impor “tarifas adicionais de 100%” sobre as remessas chinesas, o que elevaria a taxa total para 155% em alguns casos.
Esta retórica agressiva tem gerado volatilidade nos mercados financeiros.
No entanto, a perspetiva de encontros diplomáticos, como a reunião entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, bem como um possível encontro entre os presidentes Trump e Xi Jinping, trouxe algum alívio e otimismo aos investidores, que esperam uma desescalada das tensões.
A China, por sua vez, apelou à União Europeia para que “apoie o comércio livre e se oponha ao protecionismo comercial”, procurando aliados num cenário de crescente fragmentação económica.














