Segundo o líder associativo, ao taxar apenas a matéria-prima, a Comissão Europeia permite que produtos semiacabados ou acabados sejam importados de países terceiros sem as mesmas taxas, criando uma "total concorrência desleal".

O resultado, adverte, será a perda de competitividade da indústria transformadora europeia. "Menor competitividade, mais dificuldade em exportar e concorrência desleal vinda de fora [...] terá um impacto fortíssimo na indústria metalomecânica portuguesa", avisa Vítor Neves. A indústria metalomecânica é responsável por mais de 30% das exportações de bens em Portugal, sendo um pilar da economia. O Governo português, através do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, já manifestou preocupação com a situação, e o setor espera uma "pressão forte" de Portugal em Bruxelas para defender os seus interesses.