A Confederação Portuguesa das Micros, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) reuniu-se com o secretário de Estado das Pescas e do Mar para expor a situação crítica do setor.
A crise instalou-se desde que a UE introduziu, a 1 de janeiro de 2024, tarifas de 12% à importação de bacalhau congelado russo, que constituía a principal matéria-prima da indústria nacional. A situação agravou-se a partir de 21 de maio, quando foi excluída a importação e comercialização de produtos dos maiores armadores russos. Segundo a CPPME, estas medidas tornam as condições de compra de bacalhau russo "muito mais desvantajosas" para as empresas portuguesas em comparação com as norueguesas.
Consequentemente, a Noruega consegue colocar o seu bacalhau em Portugal a "preços incomportáveis", gerando um movimento de "concorrência desleal". Face a esta conjuntura, a confederação defende que "Portugal deve invocar um regime de exceção no que à importação de bacalhau diz respeito".
A alternativa, segundo o vice-presidente da CPPME, Jorge Camarneiro, seria solicitar uma compensação pela queda abrupta da atividade, algo que não pareceu ser viável.
O setor argumenta que o consumo de bacalhau é parte da "identidade nacional e cultural", sendo imperioso defender o acesso de todos ao seu consumo. O secretário de Estado comprometeu-se a levar o assunto ao Conselho de Ministros.













