Empresas como a Porsche e a Volvo reportam prejuízos significativos, atribuindo-os diretamente às políticas comerciais da administração Trump.
A indústria automóvel tornou-se um dos principais campos de batalha da guerra comercial, com consequências diretas para a rentabilidade das empresas europeias. A Porsche, por exemplo, estima que “as tarifas dos EUA tenham um impacto de cerca de 700 milhões de euros em 2025”, um valor que justifica o prejuízo de 966 milhões de euros registado no terceiro trimestre.
A empresa já anunciou que os preços dos seus veículos irão aumentar nos EUA para compensar estes custos.
A Volvo Cars também atribuiu os seus prejuízos nos primeiros nove meses do ano às tarifas norte-americanas e ao atraso no lançamento de novos modelos.
O grupo Stellantis enfrenta igualmente desafios significativos, com o seu antigo CEO, Carlos Tavares, a apontar as tarifas como um fator de risco para a coesão do grupo.
Em contraste, o CEO da Ford, Jim Farley, agradeceu ao Presidente Trump pelos “recentes desenvolvimentos da política tarifária, que são favoráveis à Ford”, indicando que o impacto não é uniforme e pode beneficiar construtores com forte presença produtiva nos EUA.
Esta situação demonstra a complexidade das políticas comerciais, que, ao mesmo tempo que penalizam as importações, podem favorecer a produção local, obrigando as empresas a reestruturar as suas cadeias de abastecimento e estratégias de mercado.














