Vítor Neves, presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), adverte que esta política terá um “impacto fortíssimo na indústria metalomecânica portuguesa”.

O principal receio é que, ao encarecer a matéria-prima, a indústria transformadora europeia perca competitividade face a concorrentes de fora da UE, que podem importar produtos acabados ou semiacabados sem estarem sujeitos às mesmas taxas. “Menor competitividade, mais dificuldade em exportar e concorrência desleal vinda de fora”, resume Vítor Neves, que teme que a medida, a prazo, prejudique até a própria indústria do aço que se pretende proteger, ao reduzir a sua base de clientes. Este cenário coloca em confronto os interesses da siderurgia, que fatura 200 mil milhões de euros na Europa, com os da metalomecânica, um setor vinte vezes maior, que representa quatro biliões de euros.