A empresa aponta o aumento dos custos operacionais, incluindo o impacto das taxas alfandegárias, como uma das principais razões para a compressão das margens.

Apesar de ter entregado um número recorde de 497.099 veículos e alcançado uma faturação de 28,1 mil milhões de dólares, o lucro líquido da Tesla caiu 37% para 1,3 mil milhões de dólares.

Este declínio é atribuído a vários fatores, entre os quais os “custos com as tarifas e com investigação e desenvolvimento”.

A situação ilustra um desafio crescente para a empresa de Elon Musk: a dificuldade em manter a rentabilidade num ambiente de concorrência crescente e de pressões nas cadeias de abastecimento. As tarifas, em particular, são mencionadas como um fator que afeta diretamente os custos e pressiona as margens de lucro. O antigo CEO da Stellantis, Carlos Tavares, alertou que esta quebra de eficiência, exacerbada pelas tarifas, torna a Tesla vulnerável à concorrência de marcas chinesas como a BYD, que operam com custos mais baixos. A empresa reconhece a necessidade de diversificar as suas fontes de receita, esperando que os “lucros relacionados ao hardware sejam acompanhados por uma aceleração dos lucros provenientes de IA, software e frotas”, numa tentativa de compensar as margens mais apertadas na venda de automóveis.