Embora os dados mais recentes do índice de preços no consumidor (IPC) nos EUA tenham ficado abaixo do esperado, os analistas sublinham que os efeitos das taxas alfandegárias continuam a ser evidentes na economia. A imposição de tarifas sobre bens importados, especialmente da China, tem um impacto direto nos custos de produção e nos preços finais para o consumidor.
Vários artigos referem a “política tarifária da Casa Branca” como uma causa para a aceleração da inflação.
Em setembro, o IPC homólogo nos EUA situou-se nos 3%, um valor que, embora abaixo da previsão de 3,1%, continua a refletir a pressão dos custos acrescidos. Um analista do Commerzbank, Bernd Weidensteiner, apontou que “os efeitos das taxas alfandegárias (...) continuam a ser evidentes, [ainda que] menos graves do que o que se receava”. Esta análise sugere que, embora o impacto possa estar a ser absorvido ou mitigado por outros fatores, as tarifas continuam a ser uma variável relevante na formação de preços. A situação reforça a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) possa proceder a novos cortes nas taxas de juro para estimular a economia, uma vez que a inflação, apesar de pressionada pelas tarifas, não disparou de forma descontrolada.
A complexa interação entre política comercial e política monetária permanece, assim, no centro das preocupações dos mercados.














