Este valor reflete o impacto financeiro direto da guerra comercial, que elevou as taxas aduaneiras americanas aos níveis mais altos desde a década de 1930.

A análise, baseada em comunicações regulatórias, detalha um impacto esperado de 21 a 22,9 mil milhões de dólares em 2025 e cerca de 15 mil milhões em 2026. A indústria automóvel está entre as mais afetadas, com a Toyota a estimar, isoladamente, um custo de 9,5 mil milhões de dólares, e a Ford a contabilizar um impacto acumulado de cerca de 3 mil milhões.

No entanto, o cenário está a evoluir.

O alívio tarifário concedido à produção automóvel nos EUA e acordos comerciais com a UE e o Japão levaram algumas empresas, como a General Motors, a rever em baixo as suas estimativas de perdas.

A taxa efetiva das tarifas deverá situar-se nos 14% até ao final do ano.

Apesar de algum alívio, a pressão mantém-se em setores como o do consumo.

A Nike, por exemplo, aumentou a sua estimativa de impacto para 1,5 mil milhões de dólares, e a H&M alertou que as tarifas continuarão a pressionar as suas margens.

Este panorama revela que, embora a situação se tenha tornado mais previsível, permitindo às empresas ajustar estratégias, os custos associados ao protecionismo continuam a ser um fardo significativo para a economia global.