A fabricante de veículos elétricos anunciou uma receita recorde de 28,1 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2025, mas o lucro líquido caiu para 1,37 mil milhões, um valor 37% inferior ao período homólogo e abaixo das expectativas dos analistas.
A própria empresa atribuiu a quebra de rentabilidade a vários fatores, incluindo a subida dos custos operacionais, os investimentos em inteligência artificial e, explicitamente, o impacto das "taxas alfandegárias".
Esta pressão tarifária insere-se num contexto mais vasto de desafios para a empresa, que incluem a crescente concorrência da chinesa BYD e a eliminação de créditos fiscais para veículos elétricos nos EUA. O ex-CEO da Stellantis, Carlos Tavares, chegou mesmo a alertar que a Tesla "será superada pela eficiência da BYD" e que a sua perda de valor de mercado poderá ser "colossal".
A margem operacional da empresa, embora a melhorar ao longo do ano, situou-se nos 5,8%, muito abaixo dos 10,8% registados no ano anterior, refletindo a dificuldade em manter a rentabilidade num ambiente de guerra de preços e barreiras comerciais.
A reação do mercado foi negativa, com as ações a caírem nas negociações após o fecho da bolsa, sinalizando a preocupação dos investidores com a capacidade da Tesla de sustentar os lucros face a um cenário global cada vez mais adverso.














