Esta medida protecionista custou já milhares de milhões de euros a gigantes como o Grupo Volkswagen, Mercedes-Benz e Porsche.

O impacto destas tarifas é visível nos resultados financeiros do setor automóvel europeu.

O Grupo Volkswagen, por exemplo, reportou custos adicionais significativos, com o seu responsável financeiro, Arno Antlitz, a afirmar que o grupo teve "custos adicionais de 7.500 milhões de euros devido ao aumento das tarifas dos EUA e à mudança de estratégia do fabricante de carros desportivos Porsche". Outros artigos quantificam o custo direto das tarifas para o grupo em 2.100 milhões de euros. A consequência foi uma queda de 57,8% no lucro operacional do grupo nos primeiros nove meses do ano, com a rentabilidade a cair de 5,4% para 2,3%. A Mercedes-Benz também sofreu uma quebra de 50,3% nos lucros até setembro, atribuindo a descida das vendas a uma "gestão cautelosa do 'stock' nos Estados Unidos da América devido às tarifas".

A Porsche enfrentou uma situação ainda mais dramática, com prejuízos históricos no terceiro trimestre que levaram o seu CEO, Oliver Blume, a admitir que "a Porsche está numa crise enorme", citando as "tarifas dos EUA" como um dos principais fatores.

Esta pressão tarifária insere-se num contexto mais vasto de políticas "pró-crescimento" da administração Trump, que, segundo os artigos, se assentam em "cortes de impostos, desregulação e tarifas", forçando as empresas europeias a reavaliar as suas estratégias num mercado norte-americano cada vez mais protecionista e economicamente desafiador.