A medida prejudica gigantes online como a Shein e a Temu, ao mesmo tempo que beneficia retalhistas com presença física, como a Primark. A regra "de minimis" permitia que encomendas de baixo valor entrassem nos Estados Unidos isentas de impostos alfandegários, uma vantagem competitiva crucial para plataformas de fast-fashion como a Shein e a Temu, que enviam produtos diretamente da China para os consumidores.
Com o fim desta isenção, estas empresas foram forçadas a aumentar os seus preços no mercado norte-americano para absorver os novos custos. Em contrapartida, retalhistas como a Primark, que operam com um modelo de lojas físicas e importam os seus produtos em grandes contentores para armazéns nos EUA, pagando as tarifas aplicáveis, viram a sua competitividade de preços reforçada. Embora os preços da Primark também tenham sido afetados pelas "tarifas adicionais de Donald Trump", a empresa está agora mais bem posicionada face aos seus concorrentes exclusivamente online.
Consciente desta oportunidade, a Primark está a acelerar a sua expansão nos Estados Unidos, com a abertura de mais lojas e um aumento do investimento em marketing.
A estratégia da empresa irlandesa assenta na convicção de que o seu foco em preços baixos nas lojas físicas irá atrair os consumidores que agora enfrentam custos mais elevados nas plataformas de comércio eletrónico que dependiam da isenção fiscal.













