Esta medida recíproca alivia as preocupações sobre o acesso global a estes materiais críticos, essenciais para a indústria tecnológica e de defesa. A decisão de Pequim, anunciada pelo presidente Xi Jinping, foi uma contrapartida direta à suspensão por parte dos EUA da "regra de penetração de 50%", que ameaçava o acesso de empresas chinesas a tecnologia americana. A China havia implementado a necessidade de licenças de exportação para itens contendo terras raras como uma forma de jurisdição extraterritorial, numa clara retaliação às medidas protecionistas de Washington. Sendo o maior produtor mundial destes minerais, a China detém uma poderosa alavanca negocial, uma vez que as terras raras são indispensáveis para a produção de uma vasta gama de produtos, desde smartphones e veículos elétricos a equipamentos militares avançados. A suspensão desta exigência é, por isso, um sinal de boa-fé negocial e contribui para a estabilização das cadeias de abastecimento globais, que se viam ameaçadas pela possibilidade de a China restringir o acesso a estes recursos estratégicos. A medida, juntamente com a retoma da compra de soja americana, demonstra a vontade de Pequim em cumprir a sua parte do acordo para reduzir as tensões comerciais.