A desaceleração das vendas, particularmente na China, agravou o cenário para a construtora alemã.

O construtor automóvel de Estugarda viu o seu lucro operacional encolher para 2,97 mil milhões de euros, um tombo significativo face ao ano anterior. A empresa justificou esta quebra com uma combinação de fatores, incluindo "custos adicionais com as tarifas nos EUA e a ajustes avaliados em 709 milhões de euros, relacionados com medidas de eficiência".

Além do impacto direto das políticas comerciais americanas, a Mercedes-Benz enfrenta "condições comerciais desafiantes na China", o que levou a uma queda de 18% nas vendas nesse mercado crucial.

A conjugação destes dois fatores — pressão tarifária no Ocidente e abrandamento no Oriente — expõe a dupla vulnerabilidade da indústria de luxo alemã.

As vendas globais da empresa caíram 8,3% para 1,34 milhões de veículos, com as receitas a recuarem na mesma proporção. Apesar do cenário adverso, o diretor-executivo, Ola Källenius, afirmou que os resultados do terceiro trimestre estão "alinhados com as previsões para o ano", sinalizando que a empresa já antecipava um ambiente difícil e está focada em melhorar a eficiência para navegar neste contexto "dinâmico".