O terceiro maior fabricante automóvel japonês absteve-se inicialmente de emitir previsões financeiras anuais, citando a "incerteza sobre o impacto nas contas das tarifas norte-americanas sobre os motores".
A divulgação posterior de uma previsão de perdas veio confirmar o peso que as medidas protecionistas têm na sua operação. Num comunicado, a empresa afirmou que as previsões "refletem as dificuldades previstas no segundo semestre devido a riscos na cadeia de abastecimento, volatilidade cambial, tarifas e outros fatores externos".
A situação da Nissan demonstra como as tensões comerciais afetam não apenas os construtores europeus, mas também os asiáticos com forte presença no mercado norte-americano.
A queda nas vendas nos EUA e na China já tinha colocado a empresa numa situação financeira delicada, obrigando-a a uma reestruturação global que inclui o fecho de fábricas e o corte de milhares de empregos. As tarifas surgem como um fator adicional de pressão, complicando os esforços de recuperação da empresa e evidenciando a interconexão das cadeias de valor da indústria automóvel global.













