A situação, de cariz político e ligada às tensões comerciais entre EUA e China, já levou a Bosch em Braga a anunciar um "lay-off" para 2.500 trabalhadores. A crise teve origem quando o governo dos Países Baixos, sob pressão dos EUA, assumiu o controlo da Nexperia, detida pela chinesa Wingtech, para limitar a transferência de tecnologia para a China.
Em retaliação, Pequim bloqueou a exportação de alguns materiais da Nexperia, criando uma disrupção na cadeia de abastecimento. Os chips da Nexperia, embora não sejam os mais avançados, são essenciais para funções básicas em até 700 componentes, e a sua falta pode paralisar linhas de produção inteiras.
A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) alertou que as paragens podem estar "a dias de distância".
Vários construtores, como Volkswagen, Mercedes-Benz e Nissan, manifestaram preocupação. O CFO da Volkswagen, Arno Antlitz, e o CEO da Mercedes-Benz, Ola Källenius, afirmaram que a solução para o problema é "política" e não técnica, ligando-a diretamente às negociações comerciais entre EUA e China.
A Autoeuropa, em Palmela, garantiu a produção por mais uma semana, mas admite "impactos a curto prazo", refletindo a incerteza que paira sobre todo o setor.














