Desde o Banco Central Europeu a associações setoriais, multiplicam-se os alertas sobre o impacto negativo das tensões comerciais na competitividade e estabilidade económica.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou recentemente que "a indústria transformadora está a ser travada pelas tarifas", reconhecendo o impacto direto do protecionismo no crescimento económico da Zona Euro.
Esta visão é partilhada por diversos setores.
Na indústria da moda, por exemplo, especialistas jurídicos apontam que "o impacto da geopolítica, como as alterações tarifárias, tensões comerciais ou conflitos internacionais", afeta diretamente as cadeias de abastecimento e a estratégia de internacionalização das marcas. Esta perceção generalizada reflete uma mudança na forma como as tarifas são encaradas: mais do que meros instrumentos de política económica, são agora consideradas fontes de instabilidade sistémica. A volatilidade e a imprevisibilidade das políticas comerciais criam um ambiente de incerteza que desencoraja o investimento a longo prazo e obriga as empresas a reavaliar constantemente as suas estratégias de produção e fornecimento.
A crescente interconexão da economia global significa que as decisões tarifárias de uma grande potência têm repercussões em cascata, afetando empresas e consumidores em todo o mundo e tornando a gestão do risco geopolítico uma prioridade para os líderes empresariais.














