Estas barreiras comerciais estão a pressionar as margens de rentabilidade e a forçar reestruturações estratégicas no setor.
O grupo Volkswagen viu os seus lucros caírem 53% nos primeiros nove meses do ano, para 3,523 mil milhões de euros, tendo registado um prejuízo de 482 milhões de euros no terceiro trimestre. O diretor financeiro, Arno Antlitz, atribuiu parte desta quebra a "custos adicionais de 7.500 milhões de euros devido ao aumento das tarifas dos EUA e à mudança de estratégia do fabricante de carros desportivos Porsche". Dentro do mesmo grupo, a Audi reportou uma queda de 14,9% nos lucros, para 2,064 mil milhões de euros. O seu diretor financeiro, Jürgen Rittersberger, quantificou o custo das tarifas americanas em aproximadamente 850 milhões de euros até à data, prevendo um encargo total de cerca de 1,3 mil milhões de euros para o ano fiscal. A Mercedes-Benz seguiu a mesma tendência, com uma quebra de lucros superior a 50%, para 3,878 mil milhões de euros, citando as tarifas nos EUA e o abrandamento do mercado chinês como principais fatores.
Estes resultados demonstram o impacto tangível e severo da política comercial norte-americana na indústria automóvel europeia, afetando diretamente a rentabilidade e obrigando a reavaliações estratégicas.














