A fabricante de brinquedos Mattel está a adaptar-se a uma nova dinâmica em que os retalhistas reduzem as importações diretas, optando por encomendas domésticas mais pequenas e frequentes. Esta mudança força a Mattel a assumir a responsabilidade pela importação e armazenamento, adotando um "modelo mais just-in-time", o que resultou num aumento de 89 milhões de dólares nos seus inventários. A McCormick & Co., gigante de condimentos, reviu em alta o impacto esperado das tarifas em 2025, de 90 para 140 milhões de dólares, e está a acelerar medidas como o "sourcing alternativo, otimização da cadeia de abastecimento e ajustamentos de preço". Por sua vez, a Schneider Electric, confrontada com as tarifas impostas durante a administração Trump, respondeu reforçando a sua cadeia de fornecimento e anunciando planos para investir mais de 700 milhões de dólares nos EUA até 2027.

Estes exemplos ilustram uma tendência significativa: as tarifas não são apenas um custo adicional, mas um catalisador para mudanças estratégicas fundamentais na forma como as empresas globais gerem a produção, a logística e as aquisições para se manterem competitivas num ambiente comercial mais protecionista.