Um inquérito do Banco Central Europeu revela que as empresas temem um impacto adverso na atividade económica e nos preços ao produtor. De acordo com um inquérito do BCE a 71 empresas não financeiras, a reação ao acordo comercial foi "mista, e o impacto sobre a atividade na zona euro e os preços ao produtor ainda foi considerado negativo". As empresas justificam esta perspetiva não só com a "redução das exportações para os EUA", mas também com o "aumento da concorrência das importações", dado que o mercado da UE é o mais exposto ao redirecionamento dos fluxos comerciais. A maioria das indústrias de transformação indicou que as tarifas americanas estavam a afetar negativamente os preços ao produtor.
Esta visão contrasta com a de alguns responsáveis políticos, como a presidente do BCE, Christine Lagarde, que mencionou o acordo como um dos fatores que mitigaram os riscos para o crescimento económico. O governo francês também manifestou esperança de que o acordo traga melhores condições de financiamento e reduza a incerteza internacional. No entanto, a perceção do tecido empresarial sugere que os benefícios do acordo não são claros e que a incerteza sobre os seus detalhes e a falta de acordos com outras grandes economias continuam a ser motivos de preocupação.














