A Nissan emitiu a sua primeira previsão de resultados para o ano fiscal em curso, antecipando prejuízos significativos de cerca de 1,55 mil milhões de euros. A empresa japonesa atribui as dificuldades a um conjunto de fatores externos, incluindo a volatilidade cambial, riscos na cadeia de abastecimento e o impacto das tarifas comerciais. O terceiro maior fabricante de automóveis do Japão anunciou uma previsão de prejuízos de 275 mil milhões de ienes (cerca de 1,55 mil milhões de euros) para o ano fiscal que termina em março de 2026. Num comunicado, a empresa afirmou que as previsões "refletem as dificuldades previstas no segundo semestre devido a riscos na cadeia de abastecimento, volatilidade cambial, tarifas e outros fatores externos".
A empresa tinha-se abstido anteriormente de emitir previsões financeiras, citando a incerteza sobre o impacto das tarifas norte-americanas sobre os motores.
Além do prejuízo, a Nissan prevê uma diminuição de 7,4% nas receitas anuais, para 11,7 biliões de ienes (65,75 mil milhões de euros).
Esta situação demonstra que as tensões comerciais e as políticas tarifárias não estão a afetar apenas os construtores europeus, mas também os grandes nomes da indústria asiática, contribuindo para um ambiente global desafiante para todo o setor automóvel.
Em resumoA Nissan antecipa um prejuízo anual significativo superior a 1,5 mil milhões de euros, citando as tarifas dos EUA, os riscos na cadeia de abastecimento e a volatilidade cambial como fatores determinantes. Esta previsão ilustra o impacto generalizado do protecionismo comercial na indústria automóvel mundial, afetando fabricantes em diferentes continentes.