Esta pressão comercial está a forçar uma reavaliação de estratégias de produto e a impactar significativamente a rentabilidade de gigantes como o Grupo Volkswagen, que inclui as marcas Audi, Porsche e SEAT/CUPRA. O Grupo Volkswagen reportou uma queda de 53% nos lucros até setembro, atribuindo parte significativa da quebra às tarifas norte-americanas e aos custos da mudança estratégica da Porsche para manter a produção de motores a combustão. O diretor financeiro do grupo, Arno Antlitz, afirmou que as tarifas representam custos adicionais de 7.500 milhões de euros, dos quais 4.700 milhões correspondem ao ajuste da Porsche. O impacto anual das tarifas comerciais no grupo é estimado em cerca de cinco mil milhões de euros. A Audi também registou uma quebra de 14,9% nos lucros, citando as tarifas americanas como uma das principais causas, com um custo previsto de 1,3 mil milhões de euros para o ano completo. A Mercedes-Benz e a Nissan também indicaram as tarifas como um fator negativo para os seus resultados.
Em contrapartida, a administração Trump anunciou o prolongamento até 2030 do alívio tarifário sobre peças de automóveis, correspondente a um reembolso de 3,75% sobre o preço de venda de cada veículo produzido nos EUA. No entanto, em simultâneo, impôs novas taxas de 25% sobre camiões e 10% sobre autocarros importados, numa abordagem que equilibra o apoio à produção local com o protecionismo em segmentos específicos.











