O encontro, que decorreu em Lisboa, serviu para alertar as instituições europeias para as dificuldades acrescidas que setores estratégicos como o metalúrgico, farmacêutico e têxtil estão a enfrentar. Durante a reunião, o presidente da CIP, Armindo Monteiro, classificou as tarifas americanas como "uma dificuldade acrescida" e sublinhou a necessidade de uma solução europeia para a falta de interligações energéticas, que isola a Península Ibérica e impede a redução dos custos de energia, um fator que pode representar até 40% dos custos de produção em certas indústrias. Outro ponto central foi a concorrência desleal de blocos como a China, que não estão sujeitos às mesmas regras laborais, ambientais e fiscais. "Se as regras não forem as mesmas, naturalmente que a produção europeia e portuguesa não são competitivas", afirmou Armindo Monteiro, que enfatizou a "necessidade imperiosa de, para além de terem o diagnóstico e o conhecimento, se fazer alguma coisa imediatamente". Stéphane Séjourné terá reconhecido que estas preocupações são partilhadas por outros países europeus e que a União Europeia está a estudar a situação, tendo ficado, segundo a CIP, "surpreendido com o nível de sofisticação da economia" portuguesa.