Esta perceção, revelada por um inquérito do Banco Central Europeu (BCE), contrasta com a visão política de que o pacto representaria um compromisso razoável para aliviar as tensões comerciais. O inquérito, realizado entre 29 de setembro e 9 de outubro junto de 71 empresas não financeiras, mostrou uma reação "mista" ao acordo, com muitas a notarem que "a incerteza persistia".
O impacto na atividade económica foi avaliado como negativo, não apenas pela redução das exportações para os EUA, mas também pelo "aumento da concorrência das importações", uma vez que o mercado europeu ficou mais exposto ao redirecionamento dos fluxos comerciais.
A maioria dos inquiridos nas indústrias de transformação indicou que as tarifas americanas estavam a afetar negativamente os preços ao produtor na zona euro.
Os custos tarifários foram, em grande parte, transferidos para os clientes americanos, mas uma "parcela significativa foi absorvida pelas margens de lucro" das empresas europeias. O acordo, alcançado em julho, limitou as tarifas norte-americanas sobre as importações europeias a 15%, após meses de ameaças de taxas mais elevadas por parte de Washington.










