A previsão reflete a crescente pressão que as políticas comerciais de Washington exercem sobre os fabricantes europeus.
Durante a apresentação dos resultados financeiros, o administrador financeiro do grupo, Walter Mertl, previu um impacto de 1,5 pontos percentuais na margem anual devido às tarifas impostas por Washington. Esta previsão surge num contexto em que o grupo BMW registou uma queda de 6,8% nos lucros nos primeiros nove meses do ano, para 5.712 milhões de euros, apesar de um aumento de 2,4% nas entregas de veículos no mesmo período. A situação evidencia um paradoxo comum em cenários de guerra comercial: mesmo com um aumento da procura e das vendas, a rentabilidade pode ser significativamente afetada por custos aduaneiros. O mercado norte-americano é particularmente relevante para a BMW, tendo registado um crescimento de 9,5% nas entregas até setembro, e um aumento ainda mais expressivo de 24,9% apenas no terceiro trimestre. A imposição de tarifas sobre os veículos importados para este mercado crucial afeta diretamente a estrutura de custos da empresa e comprime as margens de lucro, obrigando a uma reavaliação das estratégias de preços e de produção para mitigar o impacto financeiro. A situação da BMW ilustra a vulnerabilidade dos fabricantes de automóveis de luxo europeus, cujos modelos são frequentemente visados em disputas comerciais.













