Em resposta, fabricantes chineses como a BYD estão a acelerar planos de produção na Europa para contornar as taxas. A decisão de Bruxelas surge num contexto de crescente preocupação com a concorrência dos construtores chineses, que têm vindo a ganhar quota de mercado na Europa através de veículos com preços competitivos e tecnologia avançada. As tarifas visam nivelar as condições de concorrência, que a UE considera distorcidas por subsídios estatais concedidos a empresas chinesas.

No entanto, esta medida está a provocar uma reconfiguração estratégica por parte dos fabricantes asiáticos.

A BYD, líder mundial em veículos de novas energias, confirmou que irá produzir o seu modelo Seal U com motorização híbrida plug-in (DM-i) na sua nova fábrica na Turquia.

Esta motorização não está abrangida pelas tarifas da UE, que se aplicam apenas a veículos 100% elétricos, tornando a produção local uma forma eficaz de evitar os custos aduaneiros.

Além da Turquia, a BYD prevê abrir uma fábrica na Hungria, onde produzirá o modelo elétrico Dolphin Surf, e está a considerar Espanha para uma terceira unidade fabril.

Esta estratégia de "produzir localmente para vender localmente" permite não só contornar as barreiras tarifárias, mas também adaptar os veículos às preferências do mercado europeu e reduzir custos logísticos.