A China concordou em flexibilizar restrições à exportação de matérias-primas críticas, enquanto os EUA reduziram algumas tarifas sobre produtos chineses.

O acordo representa um alívio temporário numa rivalidade comercial marcada por incertezas.

Do lado chinês, Pequim comprometeu-se a retirar as tarifas sobre determinados produtos agrícolas norte-americanos, embora mantenha uma taxa geral de 10% sobre as restantes importações. Além disso, prometeu retomar as compras de soja e outros produtos dos EUA, o que reforçou a confiança nos mercados de matérias-primas. Em contrapartida, os Estados Unidos reduziram para 10% as tarifas aplicadas a bens chineses ligados à cadeia de produção de fentanil e prolongaram a suspensão de tarifas mais elevadas até novembro de 2026. Este entendimento teve repercussões para além da relação bilateral, com a China a indicar que iria estender o adiamento de controlos rigorosos sobre a exportação de terras raras à União Europeia, uma decisão que se seguiu ao acordo com Washington. Este desenvolvimento sugere que a trégua entre as duas maiores economias do mundo poderá criar um ambiente mais favorável para outros parceiros comerciais, como a UE, que também enfrentava a ameaça de restrições no acesso a minerais essenciais para as suas indústrias estratégicas.