A medida insere-se numa política comercial mais ampla que afeta diversos setores europeus.

O diretor da Adega Cartuxa, João Teixeira, revelou que, embora o mercado norte-americano represente uma pequena fatia das exportações da empresa — entre 2% e 3% do total —, a produtora vitivinícola já está a sentir uma queda nas vendas.

A tarifa de 15%, aplicada no âmbito das políticas comerciais da administração Trump, torna os vinhos portugueses menos competitivos, num mercado onde a concorrência já é intensa.

A empresa prevê que a faturação total para 2025 atinja um novo recorde de 30 milhões de euros, mas este crescimento será impulsionado pelo mercado nacional, que deverá compensar a quebra esperada nas exportações.

Além dos Estados Unidos, o diretor da Adega Cartuxa referiu que também se regista uma queda no Reino Unido, onde se verifica um "contágio" das tendências de consumo e das dificuldades comerciais. A situação da Cartuxa ilustra o impacto direto das barreiras comerciais sobre as empresas portuguesas, mesmo aquelas para as quais o mercado norte-americano não é o principal destino de exportação.

A tarifa aumenta os custos para os importadores e distribuidores, que podem optar por reduzir as encomendas ou procurar alternativas mais baratas, afetando a visibilidade e a presença dos vinhos portugueses nas prateleiras americanas.