Esta batalha legal, movida por empresas e estados governados por democratas, gera uma camada adicional de incerteza para os mercados financeiros globais, que acompanham atentamente o desfecho.

Os investidores de Wall Street mostraram-se apreensivos quanto ao futuro das tarifas, com o ceticismo expresso pelo Supremo Tribunal a influenciar negativamente as sessões bolsistas.

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré da Costa Cabral, alertou que o setor produtivo já está a sofrer os efeitos destas alterações, que se inserem numa política mais vasta de “reconfiguração da política comercial” norte-americana. A ação judicial contesta o poder do Presidente para impor sobretaxas que variam de 10% a 50% sobre diversos produtos, uma medida justificada pela administração como necessária para a reindustrialização e redução do défice comercial. Os analistas de mercado, no entanto, consideram que, mesmo que o tribunal declare as tarifas ilegais na sua forma atual, poderá optar por uma “substituição por outras tarifas” em vez de uma anulação completa, o que manteria a pressão sobre o comércio internacional.

A decisão final é aguardada com expectativa, pois o seu resultado terá implicações diretas não só para a economia norte-americana, mas também para todos os seus parceiros comerciais, que foram forçados a adaptar-se a um ambiente de negócios mais protecionista e volátil.