Estas medidas forçaram as empresas a reavaliar as suas estratégias e custos, com impactos diretos nos seus resultados financeiros.

A Toyota, líder mundial do setor, sentiu o golpe de forma acentuada, estimando um impacto negativo de 900 mil milhões de ienes (cerca de 5,1 mil milhões de euros) nos seus lucros entre abril e setembro, devido às sobretaxas.

A faturação cresceu, mas o lucro líquido caiu 7% e o lucro operacional diminuiu 18,6%, com a empresa a citar as tarifas como o principal motivo.

Um alívio parcial surgiu em julho, quando um acordo comercial entre os EUA e o Japão reduziu as tarifas sobre a maioria dos produtos japoneses de 25% para 15%.

Apesar de reconhecer as dificuldades, o diretor financeiro da Toyota, Kenta Kon, afirmou que “o forte desempenho noutras regiões tem servido de contrapeso”. A construtora alemã BMW também não escapou aos efeitos da política de Washington.

O seu administrador financeiro, Walter Mertl, previu um impacto de 1,5 pontos percentuais na margem anual da empresa devido às tarifas aplicadas pelos EUA.

Estes exemplos demonstram como as barreiras comerciais estão a afetar a rentabilidade de construtores estabelecidos, mesmo num contexto de vendas globais robustas, e a forçar uma adaptação contínua às dinâmicas geopolíticas.