O entendimento, alcançado após um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, foca-se principalmente em produtos agrícolas e matérias-primas críticas. No âmbito do acordo, os EUA reduziram algumas sobretaxas sobre produtos chineses, com destaque para os agrícolas e bens ligados à cadeia de produção de fentanil, fixando a taxa em 10%. Além disso, a suspensão de tarifas mais elevadas foi prolongada até novembro de 2026.

Em contrapartida, a China concordou em flexibilizar as restrições à exportação de matérias-primas essenciais, como as terras raras, e retirou as tarifas sobre determinados produtos agrícolas norte-americanos, como a soja, cujas compras prometeu retomar. No entanto, Pequim manteve uma taxa geral de 10% sobre as restantes importações provenientes dos EUA.

Embora o acordo não resolva as disputas estruturais entre as duas maiores economias do mundo, representa um passo pragmático para mitigar os impactos económicos negativos da guerra comercial.

A medida foi recebida com otimismo contido nos mercados de commodities, que viram no reatamento das compras de soja por parte da China um sinal de confiança e um potencial estabilizador para os preços agrícolas.