O pacto, que aguarda validação final, promete diversificar mercados e mitigar os impactos negativos do protecionismo norte-americano, especialmente para setores com forte vocação exportadora.
Empresas portuguesas, como as do setor vitivinícola, veem no acordo uma forma de compensar as dificuldades sentidas no mercado americano. António Maria Soares Franco, da José Maria da Fonseca, expressou a esperança de que “a oportunidade que se abra através do Mercosul, que compense, e mais do que compense, as dificuldades que podemos sentir com as tarifas nos Estados Unidos”. O governo português partilha deste otimismo, com o primeiro-ministro Luís Montenegro a manifestar o desejo de que o acordo seja implementado “de uma vez por todas” em dezembro, descrevendo-o como “bom para a comunidade europeia do ponto de vista de vários setores de atividade”. O acordo, alcançado após 25 anos de negociações e assinado em dezembro de 2024, representa uma aproximação económica e geopolítica significativa entre os dois blocos. Ao facilitar o acesso a um mercado com mais de 260 milhões de consumidores, oferece às empresas europeias uma alternativa robusta e de longo prazo, reduzindo a sua dependência de um mercado norte-americano cada vez mais imprevisível e pautado por barreiras comerciais.













