A iniciativa, que visa “democratizar” o acesso à mobilidade elétrica, complementa outras medidas protecionistas, como a imposição de tarifas sobre os veículos importados da China. O anúncio foi feito pelo comissário europeu para a Indústria, Stéphane Séjourne, que revelou que a Comissão Europeia deverá apresentar os detalhes da nova categoria a 10 de dezembro.
O objetivo é permitir que os fabricantes europeus produzam “novos veículos pequenos com preços entre 15 mil e 20 mil euros”.
Para tal, será criado um “enquadramento regulatório” específico que simplificará a produção, possivelmente dispensando alguns equipamentos tecnológicos e de segurança exigidos nos automóveis convencionais.
Esta abordagem assemelha-se ao conceito dos ‘kei cars’ japoneses, veículos de dimensões e potência limitadas que beneficiam de vantagens fiscais e regulatórias. A proposta surge em resposta aos apelos da indústria automóvel europeia, incluindo a Stellantis e a Renault, que defendem a necessidade de regras mais flexíveis para viabilizar a produção de elétricos compactos e rentáveis. O diretor executivo da Renault, François Provost, chegou a pedir um congelamento dos regulamentos por 10 a 15 anos para permitir a otimização de custos.
Esta medida de política industrial representa uma tentativa de Bruxelas de fortalecer a sua base produtiva e garantir que a transição energética não resulta numa maior dependência de importações asiáticas.













