A escalada do conflito foi marcada por uma série de medidas protecionistas.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor "tarifas adicionais até 100% aos produtos vindos da China", enquanto Pequim retaliou com controlos rigorosos sobre a exportação de materiais estratégicos. A China proibiu a exportação de artigos de dupla utilização, como gálio, germânio e antimónio, e impôs controlos "mais rigorosos" à venda de grafite para o mercado norte-americano.

Adicionalmente, foram aplicadas "taxas portuárias especiais" a navios de propriedade ou bandeira americana.

Estas ações foram vistas por analistas como uma resposta direta à política comercial agressiva dos EUA.

António Belmar da Costa, presidente da AGEPOR, considerou o aumento de tarifas "um instrumento usado por Trump para mostrar que os Estados Unidos tinham de dizer basta ao mundo". Este cenário de instabilidade gerou preocupações no setor produtivo, que viu "as tarifas aumentarem muitíssimo de repente", resultando em aumentos de custos para o consumidor final.

Após um encontro entre Donald Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul, foi alcançado um acordo para suspender algumas das restrições.

Pequim concordou em levantar as proibições sobre a exportação de terras raras e outros metais, enquanto os EUA reduziram tarifas sobre produtos chineses, especialmente agrícolas.

Ambas as nações concordaram também em suspender as taxas portuárias mútuas por um ano, sinalizando uma tentativa de desanuviamento na prolongada crise comercial.