Um acordo comercial posterior veio atenuar a situação, mas os encargos aduaneiros continuam a representar um desafio substancial para a empresa.

Entre abril e setembro, o lucro líquido da Toyota caiu 7%, uma quebra atribuída principalmente às tarifas norte-americanas.

O impacto financeiro foi estimado em 900 mil milhões de ienes (cerca de 5,1 mil milhões de euros) apenas no primeiro semestre do ano fiscal. As projeções para o ano fiscal completo, que termina em março de 2026, apontam para um impacto negativo de 1,45 biliões de ienes (8,22 mil milhões de euros). Esta pressão sobre os resultados ocorreu num período em que a Toyota atingiu recordes históricos de vendas globais, comercializando mais de 4,78 milhões de veículos.

A situação evidencia as "dificuldades no mercado norte-americano devido às políticas tarifárias do Presidente Donald Trump".

Para mitigar as tensões, os EUA e o Japão assinaram um acordo comercial em julho de 2025, que fixou as tarifas sobre os automóveis japoneses em 15%, um valor inferior aos 25% inicialmente ameaçados por Trump.

Apesar deste alívio, o diretor financeiro da Toyota, Kenta Kon, reconheceu que "a situação não seja fácil", embora tenha sublinhado que o forte desempenho noutras regiões, como a China e a Europa, tem servido de "contrapeso".

A empresa reviu em alta a previsão de lucro operacional para o ano fiscal, mas o valor continua 28% abaixo do registado no ano anterior, refletindo o peso contínuo dos encargos aduaneiros.