As tarifas norte-americanas afetaram os resultados financeiros de grandes empresas como a BMW e a Tesla, e criaram desafios para os exportadores de componentes automóveis em Portugal. A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos não se limitou a setores específicos, criando um ambiente de incerteza e pressão financeira para um vasto leque de empresas europeias com exposição ao mercado norte-americano. No setor automóvel, o administrador financeiro do grupo BMW previu um "impacto de 1,5 pontos na margem anual devido às tarifas aplicadas por Washington". A Tesla também sofreu um "duro golpe (...) por via das tarifas impostas por Trump", que afetaram a sua competitividade.

A indústria de componentes automóveis em Portugal, para a qual os EUA representam 4,9% das exportações, também manifestou preocupação com o aumento das barreiras comerciais.

O impacto estendeu-se para além do setor automóvel.

O grupo Ingka, proprietário da IKEA, tem lutado contra as tarifas americanas, que pressionam as suas margens num mercado crucial. Esta situação demonstra como a política de "América Primeiro" resultou num aumento de custos e numa redução da rentabilidade para múltiplas empresas europeias, forçando-as a reavaliar as suas cadeias de abastecimento e estratégias de preços para o mercado norte-americano. A instabilidade gerada pelas tarifas tornou-se um fator de risco significativo, condicionando decisões de investimento e a previsão de resultados em todo o continente.